sexta-feira, 3 de junho de 2011

O COMEÇO DE UM MARCADOR


As vezes me perguntam como eu virei marcador de quadrilha, isso não aconteceu do dia pra noite , teve um processo longo para isso se concretizar.

Me lembro como se fosse ontem quando essa história de quadrilha começou a ser levada a mais a sério aqui em Buritirama.

O ano é 1998, eu estudava a 6ª série na Escola Estadual de 1º Grau de Buritirama quando perguntaram se nossa turma montaria uma quadrilha para a primeira disputa que colégio promoveria entre classes, ficamos todos entusiasmados e partimos para os ensaios não eram nada perto da organização que é hoje, simplesmente chegavam a hora que queriam e começavam do mesmo jeito, os trajes cada um da seu jeito e buscavam de suas casas, me lembro que as meninas tinham que usar saia cigana (Na época a novela explode coração tinha lançado moda cigana, procure saber no Google!) os meninos usavam geralmente um chapéu de palha camisa de manga comprida e calça de qualquer cor.

Na ocasião eu nem sonhava em ser marcador de quadrilha que na época era conhecido popularmente como “Gritador” simplesmente eu era mais um dançarino e meia boca... rsrsrs

E quando chegou o dia da competição nos fundos do colégio, ficamos em 2º lugar, perdemos para a 7ª “A” que veio de uma forma bem diferente e interessante, pela primeira vez os trajes eram iguais e confeccionados para cada um, e o que mais me chamou a atenção foi o “Gritador” (que hoje é chamado de marcador) um homem que tinha vindo de uma cidade vizinha e tinha um jeito próprio de marcar o seu grupo com força e alegria o nome deste homem é: Maré, e a quadrilha para quem perdemos foi a Forrorama.

Depois disso minha turminha perdeu muitas vezes para eles (acho que foram 3 vezes na época do estadual de 1º grau)

Depois de terminado o ensino fundamental eu me mandei para Brasília tentar a sorte, não deu! Voltei sem emprego e sem ter terminado o ensino médio, de volta a Buritirama três anos depois de ter saído, soube que a Forrorama ainda continuava firme e forte mantendo o mesmo estilo e tradição de alguns anos atrás e representando Buritirama no São João da Barra, um orgulho para todos.

Eu já desanimado com tantas derrotas para Forrorama prometi para mim mesmo que não participaria mais de quadrilha nenhuma, e me “aposentaria” até que certo dia faltando 20 dias para a competição, Elizangela Marques me convidou para ser o marcador de uma quadrilha da turma dela, e que gostaria de competir no arraia da cidade, o nome deste grupo era: Juninos, no começo eu me perguntei se daria conta do recado, e se saberia marcar uma quadrilha, mas topei a loucura, minha cabeça fervilhava de idéias, saquei de cara que eu tinha que ser diferente para ambicionar algo, e foi isso que fiz, minha estréia com marcador foi Polêmica, eu tinha bolado uma historinha que o marcador tinha morrido e era velado no meio do arraial e o grupo me trazia dentro de um caixão, e no meio do funeral eu era ressuscitado por São Pedro para marcar a quadrilha , o povo na época disse que eu era louco e tal... Mas o improvável aconteceu, os Juninos ganharam o Arraia da cidade, eu criei gosto pela coisa e um ano depois ajudei a formar a Filomena Forrozera, de lá para cá já se passaram quase 8 anos o que eu aprendi de mais valioso é que uma pessoa sozinha faz muita coisa, mas várias pessoas em um grupo unido, não tem limites... Eu agradeço Todos os dias por ter o privilégio de ser o marcador do GRUPO Cultural Filomena Forrozera, e ajudar a semear sonhos nos corações das pessoas...

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